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Thom Yorke

| segunda-feira, 29 de setembro de 2008 | 2 comentários |


Nascido com o olho esquerdo paralisado, Thom Yorke submeteu-se a um total de cinco operações de correção nos seus primeiros cinco anos - a última cirurgia foi mal-sucedida e quase tirou toda a visão de seu olho esquerdo - resultou em seu característico "olho-caído". Seus colegas de classe costumavam insultá-lo com o apelido "Salamandra". O pai de Yorke trabalhava como um vendedor de instrumentos de engenharia química, e seu filho foi movido de uma escola à outra, sem poder se fixar e fazer novos amigos. A família de Yorke finalmente se fixou em Oxford. Yorke ganhou sua primeira guitarra aos sete anos de idade, ao ver a performance do guitarrista do Queen, Brian May na televisão. A primeira canção que ele escreveu chamava-se Mushroom Cloud sobre a formação de uma nuvem seguindo uma explosão nuclear. Ele formou a primeira banda aos onze anos de idade, quando freqüentava a escola privada para rapazes Abingdon School, onde ele conheceu seus futuros companheiros de banda, Ed O'Brien, Colin Greenwood, o baterista Phil Selway e o irmão mais novo de Colin, Jonny Greenwood. Inicialmente eles chamavam-se On a Friday ("Em uma Sexta", em português), pois sexta era o único dia em que eles podiam ensaiar. O irmão mais novo de Yorke, Andy, formou vários grupos na mesma época de On a Friday, incluindo "The Illiterate Hands", da qual Jonny Greenwood era um membro antes de se juntar ao seu irmão em On a Friday (Andy Yorke foi a frente da banda Unbelievable Truth). On a Friday continuou a praticar e escrever novo material, mesmo estudando em universidades diferentes. Quando prestava à Universidade de Exeter, Yorke foi um membro dos Headless Chickens, e trabalhou em um hospital psiquiátrico como assistente hospitalar. Em Exeter, ele conheceu Stanley Donwood, que mais tarde trabalharia na arte-final da banda de 1994 até hoje. O nome da banda mudou na sugestão do agente A & R da banda, depois de assinar com a EMI em dezembro de 1991, e foi inspirado em uma música do álbum True Stories da banda americana Talking Heads.

Fake Plastic Trees (tradução)
Radiohead

Composição: By Radiohead

Árvores de Plástico Falsas

Seu regador verde de plástico
para sua imitação chinesa de planta feita de borracha
na terra artificial de plástico
que ela comprou de um homem de borracha
em uma cidade cheia de planos de borracha
para se livrar de si mesma

Isto a desgasta, Isto a desgasta
Isto a desgasta, Isto a desgasta

Ela mora com um homem quebrado
um homem de polistireno rachado que só se desmorona e se queima
Ele costumava fazer cirurgia para garotas nos anos oitenta
mas a gravidade sempre vence

Isto o desgasta, Isto o desgasta
Isto o desgasta, Isto o desgasta

Ela parece com a coisa real
Ela o gosto da coisa verdadeira
Meu amor artificial de plástico
Mas não posso evitar o sentimento
Eu poderia explodir através do teto se eu simplesmente me virar e correr

Isto me desgasta, Isto me desgasta
Isto me desgasta, Isto me desgasta

Se eu pudesse ser quem você gostaria
Se eu pudesse ser quem você gostaria

o tempo todo...
o tempo todo...


Caixinha de Música

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Em um mundo, um quartinho escuro onde eu berro e desenho nas paredes os meus medos.
A luz esta acesa, mas nada se vê. E está parando, mas girando por dentro causando enjôo.
Uma caixinha de música toca no fundo. Posso ver a bailarina dançar em círculos, com o seu vestidinho de Tule e com a sapatilha de gesso. Que machuca seus pés... Mas trás prazer ao coração.
Um sorriso nos lábios... Que vale mais que a morte... Um sorriso nos lábios, pintando em tinta guache.
Uma gota da água, a cada dois segundos... Uma goteira que tortura, que eu não sei onde está nem por que pinga, queria que parasse só por um momento.
Por que as borboletas voam, por que duram tão pouco, em suas asas esmigalhadas, tornando-se pó cinzento grudando nos dedos. A vida custando tão pouco.
Ela não liga, para nada além dos seus pesinhos e seu vestido girando com o som metálico de distorcido da caixinha.
Refletida no espelho sem imagens. Em um sonho totalmente louco... Ela possui jóias que ninguém jamais irá tocar. Só uma bailarina, como guarda do tesouro.
Pó de borboleta sai com água, seu sangue é azul, rosa e negro, é intenso e curto, pequeno e quente... Apenas sangue, entre tudo.
Água escorrega tudo, enferruja seus movimentos, torna tudo mais opaco e mais frio. E lá no fundo sentimentos, se fazendo para ser sacrificados como um peão em um jogo de xadrez onde só o rei importa.
Tudo é um jogo sem dados, com números sortidos no vento.
Eu sou o vento, eu sou aquele que faz tudo girar, mas possuo uma chave de corda nas costas, como um marionete. De movimentos calculados. Por um tempo calculado.
Eu vivo quando me dá corda, e meus movimentos acabam quando a mola terminou.
E a bailarina para de dançar, até que dedos calorosos que vêem algum sentido naquilo ainda. Resolve lhe dar corda... Para ela dançar mais um pouco envolta pela música, até quando tudo acabar outra vez.
Sabia que quando as borboletas morrem elas se tornam purpurina?

No more pain

| quarta-feira, 17 de setembro de 2008 | 4 comentários |



Um dia eu ouvi em um anime o seguinte, que a dor pior é a dor do coração. E lá estão as piores feridas que alguém pode sofrer. Por que a cura vem dos outros e mais do que isso, nem sempre existe a cura completa, normalmente elas ficam ali para voltar a sangrar quando cutucadas.

Eu estive pensando como traduzir essa dor em palavras. Por que está certo que poucas pessoas não compreendem. Eu vou tentar.

Sinto-me triste, o peito dói. E me sinto sozinha. Não por que eu não tenha amigos, eu tenho dois. Só duas pessoas que estão longe de mim. Eu perdi a confiança em todos. Passo todos os meus dias em casa, ou melhor vou a faculdade.

Lá me sinto só, as pessoas são estranhas. E quando volto para casa eu durmo. Não por sono, mas por cansaço. Por querer ficar sozinha e na cama, para ver se a dor passa um pouco.
Depois vou para o computador, e vejo as vezes como a minha vida é vazia por que as vezes parece que as pessoas me olham como se eu fosse uma meleca nojenta e peluda.

Ninguém pode compreender onde ou por que dói. Mas não ter uma vida social, ou melhor, pessoas importantes para você e diversão com elas, é pior do que a morte.

Eu sinto como se estivesse nua, em uma escuridão, deitada em um chão gelado, sentindo espinhos nascendo de dentro para fora. Uma maldição Cruciatus eterna. Sinto vontade de chorar o tempo todo. As lágrimas queimam. Sinto mágoa, rancor e outras coisas. Mas tem mais...

Eu me sinto como o bobo ingênuo da fábula chinesa.

Um viajante tolo, eu andei por ai. Dei meu dinheiro e minhas roupas a pessoas que não precisavam. Depois dei meus braços, pernas e tudo o que eu tinha. E a última coisa foram os meus olhos. E pouco antes que eu realmente morresse, alguém jogou um papel e disse. “Um presente para você”. Estava escrito: “Um tolo ingênuo”.

Eu sinto como se tivesse exposto o meu coração para muitos ferirem, e sinto que isso é a prova que eu ainda vivo, que ainda respiro. Por que ainda dói.

E teve um tempo que não doía...
Eu não desejo a morte. Não desejo mais ser feliz. Não tenho capacidade de nada além de sentir dor e fugir. Por que eu tenho medo que me machuquem de novo.

Não tem como descrever a dor que eu sinto. Por que ela é muito maior do que qualquer palavra ou ação, ela é a estagnação completa no escuro frio e gélido. Onde permaneço sozinha...
Há um consolo nessa dor e nessa solidão. Não pode doer mais do que isso, eu não preciso confiar em ninguém, eu vejo as pessoas como elas são. Com sua forma vil, suja e distorcida. Como a maioria das pessoas a minha volta são. Pessoas que pisam em sonhos e toma atitudes sem sonhar em como dói.

Dor, solidão, escuridão e tudo isso não cabe numa descrição. Dói tanto que se perde os movimentos, que se perde a vontade de tudo, e só se deseja dormir.

Uma dor tão forte, que eu já não sei se é capaz da morte fazer parar.

As 100 melhores Leis de Murphy

| terça-feira, 16 de setembro de 2008 | 2 comentários |
1. Um atalho é sempre a distância mais longa entre dois pontos.
2. A beleza está à flor da pele, mas a feiúra vai até o osso!
3. Nada é tão fácil quanto parece, nem tão difícil quanto a explicação do manual.
4. Tudo leva mais tempo do que todo o tempo que você tem disponível.
5. Se há possibilidade de várias coisas darem errado, todas darão - ou a que causar mais prejuízo.
6. Se você perceber que uma coisa pode dar errada de 4 maneiras e conseguir driblá-las, uma quinta surgirá do nada.
7. Seja qual for o resultado, haverá sempre alguém para: a) interpretá-lo mal. b) falsificá-lo. c) dizer que já tinha previsto tudo em seu último relatório.
8. Quando um trabalho é mal feito, qualquer tentativa de melhorá-lo piora.
9. Acontecimentos infelizes sempre ocorrem em série.
10. Toda vez que se menciona alguma coisa: se é bom, acaba; se é mal,acontece.
11. Em qualquer fórmula, as constantes (especialmente as registradas nos manuais de engenharia) deverão ser consideradas variáveis.
12. As peças que exigem maior manutenção ficarão no local mais inacessível do aparelho.
13. Se você joga fora alguma coisa que tem há muito tempo, vai precisar dela logo, logo.
14. O modo mais rápido de se encontrar uma coisa é procurar outra. Você sempre encontra aquilo que não está procurando.
15. Quando te ligam: a) se você tem caneta não tem papel. b) se tem papel não tem caneta. c) se tem ambos ninguém liga.
16. Não se chateie se a programação da TV lhe parece chata: amanhã será pior.
17. Entre dois acontecimentos prováveis, sempre acontece um improvável.
18. Quase tudo é mais fácil de enfiar do que de tirar.
19. Mesmo o objeto mais inanimado tem movimento suficiente para ficar na sua frente e provocar uma canelada.
20. Qualquer esforço para se agarrar um objeto em queda provocará mais barulho.
21. A única falta que o juiz de futebol apita com absoluta certeza é aquela em que ele está absolutamente errado.
22. Por mais bem feito que seja o seu trabalho, o patrão sempre achará onde riscá-lo. 23. Nenhum patrão mantém um empregado que está certo o tempo todo.
24. Adiar é a forma mais perfeita de negar.
25. Quando político fala em corrupção, os verbos são sempre usados No passado.
26. Se você for esperar o motivo certo para fazer alguma coisa, nunca fará nada.
27. Os assuntos mais simples são aqueles que você não entende nada.
28. Dois monólogos não fazem um diálogo.
29. Se você é capaz de distinguir entre o bom e o mal conselho, você não precisa de conselho.
30. Para o bom executivo, todas as regras foram feitas para serem rompidas sempre que necessário.
31. Crie uma praga e ofereça-se imediatamente como o salvador da lavoura.
32. Nunca avise que a declaração que vai fazer é importante.
33. Toda a idéia revolucionária provoca três estágios: 1º. 'é impossível - não perca meu tempo.' 2º. 'é possível, mas não vale o esforço' 3º. 'eu sempre disse que era uma boa idéia'
34. A informação que obriga a uma mudança radical no projeto sempre chega ao projetista depois do trabalho terminado, executado e funcionando maravilhosamente (também conhecida como síndrome do: "Porra! Mas só agora!!!").
35. Um homem com um relógio sabe a hora certa. Um homem com dois relógios sabe apenas a média.36. Só sabe a profundidade da poça quem cai nela.
37. Nada é impossível para quem não tem que fazer o trabalho.
38. Ciência exata é profetizar sobre o que já aconteceu.
39. Se há um trabalho difícil de ser feito, entregue-o a um preguiçoso. Ele descobrirá a maneira mais fácil de fazê-lo.
40. Quando se tem muito tempo para começar um trabalho, o primeiro esforço é mínimo. Quando o tempo se reduz a zero, o esforço beira as raias do infinito.
41. Nada jamais é executado dentro do prazo ou do orçamento.
42. As variáveis variam menos que as constantes.
43. Não é possível alcançar o total exato de qualquer soma com mais de dez parcelas depois das cinco horas da tarde de sexta feira. O total exato será encontrado facilmente as 9:01 da manhã de segunda feira.
44. Entregas de caminhão que normalmente levam um dia levarão cinco quando você depender da entrega.
45. Depois de acrescentar ao cronograma duas semanas para atrasos imprevisíveis, acrescente mais duas para atrasos previsíveis. 46. Assim que tiver esgotado todas as suas possibilidades e confessado seu fracasso, haverá uma solução simples e óbvia, claramente visível a qualquer outro idiota.
47. Qualquer programa quando começa a funcionar já está obsoleto.
48. Qualquer upgrade custa mais e leva mais tempo para aprender.
49. Só quando um programa já está sendo usado há seis meses, é que se descobre um erro fundamental.
50. Depois da linguagem cibernética, a linguagem mais falada pelos programadores é a obscena.
51. A ferramenta quando cai no chão sempre rola para o canto mais inacessível do aposento. A caminho do canto, a ferramenta acerta primeiro o eu dedão. 52. Só um idiota tem talento típico para plagiar outro idiota.
53. Guia prático para a ciência moderna: a) Se se mexe, pertence à biologia. b) Se fede, pertence à química. c) Se não funciona, pertence à física. d) Se ninguém entende, é matemática. e) Se não faz sentido, é economia ou psicologia.
54. A diferença entre as leis de Murphy e as leis da natureza é que na natureza as coisas dão erradas sempre do mesmo jeito.
55. O número de exceções sempre ultrapassa o numero de regras. E há sempre exceções às exceções já estabelecidas.
56. Ninguém nunca está ouvindo, até você cometer um erro.
57. Qualquer coisa entre parênteses pode ser ignorada (com vantagem, como vê neste exemplo perfeitamente inútil).
58. Se o curso que você desejava fazer só tem n vagas, pode ter certeza de que você será o candidato n + 1 a tentar se matricular.
. Oitenta por cento do exame final da sua prova da faculdade será baseada na única aula que você perdeu, baseada no único livro que você não leu.
60. Cada professor parte do pressuposto de que você não tem mais o que fazer, senão estudar a matéria dele.
61. A citação mais valiosa para a sua redação será aquela em que você não consegue lembrar o nome do autor.
62. Não há melhor momento do que hoje para deixar para amanhã o que você não vai fazer nunca.
63. A maioria dos trabalhos manuais exigem três mãos para serem executados.
64. As porcas que sobraram de um trabalho nunca se encaixam nos parafusos que também sobraram.
65. Quanto mais cuidadosamente você planejar um trabalho, maior será sua confusão mental quando algo der errado.
66. Os pontos de acesso a uma máquina serão sempre pequenos demais para a passagem das ferramentas, ou grandes para passagem delas, mas não suficiente para a passagem de sua mão quando elas caírem.
67. Em qualquer circuito eletrônico, o componente de vida mais curta será instalado no lugar de mais difícil acesso.
68. Qualquer desenho de circuito eletrônico deve conter pelo menos: uma peça obsoleta, duas impossíveis de encontrar, e três ainda sendo testadas (por você, é claro).
69. Na última hora o engenheiro industrial mudará os desenhos originais para incluir novos defeitos. E as modificações não serão mencionadas no manual de instruções, já impresso.
70. O tempo para executar uma tarefa é 3 vezes superior ao tempo inicialmente previsto. Se, ao calcular a duração da tarefa, multiplicarmos por 3 o tempo previsto de modo a obter o resultado correto, nesse caso, a tarefa demorará 9 vezes esse tempo.
71. Uma gravata limpa sempre atrai a sopa do dia.
72. Se está escrito "Tamanho único", é porque não serve em ninguém.
73. Se o sapato serve, é feio!
74. Nunca há horas suficientes em um dia, mas sempre há muitos dias antes do sábado. 75. Todo corpo mergulhado numa banheira faz tocar o telefone.
76. Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível.
77. A informação mais necessária é sempre a menos disponível.
78. A probabilidade do pão cair com o lado da manteiga virado para baixo é proporcional ao valor do carpete.
79. Gato sempre cai em pé. Não adianta amarrar o pão com manteiga nas costas do gato e o jogar no carpete. Provavelmente o gato comerá o pão antes de cair... em pé. 80. A fila do lado sempre anda mais rápido.
81. As coisas podem piorar, você é que não tem imaginação.
82. O material é danificado segundo a proporção direta do seu valor.
83. Se você está se sentindo bem, não se preocupe. Isso passa.
84. Lei de Murphy no ciclismo: não importa para onde você vai; é sempre morro acima e contra o vento.
85. Por mais tomadas que se tenham em casa, os móveis estão sempre na frente.
86. Existem dois tipos de esparadrapo: o que não gruda, e o que não sai.
87. Uma pessoa saudável é aquela que não foi suficientemente examinada.
88. Tudo que é bom na vida é ilegal, imoral ou engorda.
89. Por que será que números errados nunca estão ocupados?
90. Mas você nunca vai usar todo esse espaço de Winchester!
91. Se você não está confuso, não está prestando atenção.
92. Na guerra, o inimigo ataca em duas ocasiões: quando ele está preparado, e quando você não está.
93. Lei de Murphy na escola: se for prova com consulta, você esquecerá seu livro; se for lição de casa, esquecerá onde mora.
94. Amigos vêm e se vão, inimigos se acumulam.
95. A Lei de Murphy é algo transcendente. Lavar o seu carro para fazer com que chova não funciona.
96. Um documento importante irá demonstrar sua importância quando, espontaneamente, ele se mover do lugar que você o deixou para o lugar onde você não irá encontrá-lo.
97. As crianças são incríveis. Em geral, elas repetem palavra por palavra aquilo que você não deveria ter dito.
98. Uma maneira de se parar um cavalo de corrida é apostar nele.
99. Toda partícula que voa sempre encontra um olho.
100. Sorria! Amanhã será pior.

Autor: Arthur Bloch

O Palhaço e O Mago das Ilusões em: O mundo das Idéias

| segunda-feira, 15 de setembro de 2008 | 0 comentários |
E lá estava o Palhaço, sentado na ponta do alto de um arranha-céu. Mantinha os olhos fechados e as mãos na cabeça. E o Mago já estava se cansando de olhá-lo e esperar que o idiota do Palhaço o notasse.

- Então, vai ficar ai olhando para o céu igual a um Palhaço estúpido o dia todo? - Perguntou o Mago com uma leve irritação. - O que esta esperando, que caia dinheiro do céu? Pois isso não vai acontecer, no céu não tem mais dinheiro para chover.

E a concentração do Palhaço se desfez. Ele soltou um leve murmúrio antes de finalmente olhar para o Mago, ali em pé, com seus panos pretos que chamava de roupa e aquele chapéu estranhamente ridículo.

- Ah, o que você quer? Fazer-me sofrer novamente. Eu sou um Palhaço, mas não sou tolo, e nem quero ser triste. Vá embora, estou fazendo uma coisa realmente importante agora.

O Mago desatou a rir, se aproximando com passos longos do Palhaço, chegando a quase saltitar de alegria, e então se sentou ao lado dele.

- Então resolveu ser esperto e se atirar daqui? - disse o Mago enfático. - Ah, não me diga que percebeu que o mundo te ignora? Quem realmente precisa de um Palhaço de mentira com tantos de verdade por ai?

O Mago sorria, a ele agradava ver o palhaço assim, tão separado de suas reais funções.

- Não é isso, seu bobo. - xingou, o Palhaço em sua infantilidade.

- Nossa, você me xingou de bobo! Que bonitinho, acho que nem vou dormir de noite depois disso. Meu coração dói ser chamado de bobo. - disse o Mago fazendo uma falsa cara de choro enquanto segurava uma risada. - O que esta fazendo, de tão importante assim?

O Palhaço sorriu, abrindo exageradamente a boca vermelha. Fez uma cara de esperteza antes de falar.

- Eu quero me concentrar para ir para o mundo das idéias.

- Nossa, nunca ouvi uma coisa tão estúpida. - disse o Mago caindo na gargalhada. - Ai, seu idiota.

- Claro que não sou idiota, você que é. E não sabe do que eu estou falando. - disse fazendo bico e balançando as perninhas que nem um "Palhaço".

- Então o que é? Explica-me seu Palhaço esperto, o único palhaço esperto que conheço. - disse com ironia o Mago.

- Simples, eu quero ir para o mundo das essências que Platão disse. É o mundo onde tudo é perfeito, e lá não vão me ignorar como aqui.

- Bom. Você nem deve saber direito o que Platão disse ou quem era ele, seu tolo ele não é mais importante para você que um Plato Glandão.

- Há... Há... Há. - disse o Palhaço ao outro com uma cara séria simulando uma risada lenta. - Achei muito engraçado! Por que você não vai embora de uma vez?

- Por que você não quer que eu vá. Essa é a verdade, é tudo confusão emocional.

- Eu quero que você vá. Não preciso de você.

- Claro que precisa só eu consigo ouvi-lo.

O Palhaço se calou e olhou para baixo por um bom tempo antes de voltar a olhar para o Mago.

- Pular? Será que se eu pular chego ao mundo das idéias? Já que meu corpo vai morrer, e eu não tenho muito que perder se der errado. Não é Mago?

- Não! Você á maluco? Estava brincando! Não faça isso.

- Por quê? - perguntou um palhaço sorridente. _ Vai sentir falta de mim? Será que sou só eu que preciso de você? Quero dizer. O mundo já é uma ilusão tão forte e real que você também é inútil aqui.

O Mago levantou. Um pouco irritado, e começou a andar de um lado para o outro como se não soubesse o que fazer. Atirar o Palhaço dali ou então ir embora.

- Não, mas vai sujar o chão. - disse o Mago parando e olhando o outro. - Esse monte de caca que tem na sua cabeça vai impregnar na rua.

- Não fala assim comigo. - pediu o Palhaço fazendo um biquinho. - Eu não tenho caca na cabeça.


- Claro que tem, esse papo de mundo das idéias é ridículo. Hoje não se tem mais idéias se aperta Ctrl + C e depois Ctrl + V. - disse o Mago rindo.

- Não entendi. - disse ele por fim. - O que quer dizer com isso.

- Ah, seu tonto. Por que você não se afoga, assim vai morrer sem dar trabalho. - disse o Mago batendo a mão na testa. - Ah, meu santo Deus Loki (Deus mitológico da travessura, filho de Odin), essa é uma arte sua, confessa. Tem que ser.

- Por que você reclama de tudo? Tente ver as essências das coisas, tenta olhar para o mundo de uma forma diferente seu mago perdido e tolo.

- Hum, eu acho que você esta lendo filosofia demais e acaba confundindo realidade com ilusão. Eu sou uma ilusão, nos somos uma ilusão de algum poeta louco, eu te vejo e você me vê, mas ninguém nos enxerga nem se esbarrarem em nós.


- Então o mundo inteiro não existe por que ninguém vê e nem escuta ninguém. - disse o palhaço. Um silêncio um tanto aterrador se fez por todas as partes engolindo aos poucos os sons de um centro urbano comum, e tão diário. E tão comum e sem graça. - Tô nem ai, tô nem ai. Para o mundinho eu num tô nem ai.
O Palhaço saiu cantando e dançando, o Mago bateu a palma da mão no rosto e abanou a cabeça negativamente, olhou por onde o Palhaço saiu. _ Tô nem ai. Com o mundo..lá.lá..láááááá. - Começou a cantar o Mago resignado, e antes de fechar a porta das escadas disse. - Esta no inferno, não somente abrace, mas beije e cante com o Capeta.

Hoje eu estou feliz

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Bem por que eu to feliz? Eu não sei, sinto como se alguém estivesse colorindo minha vida de vermelho. Eu estou começando a sorrir de novo. Tem coisa boa acontecendo. Bem, eu percebi que não vale sofrer por algumas pessoas. Elas não merecem, tem muita gente voltando a minha vida, e eu ando ouvindo muito cazuza.

Esse recado vai para você que pegou um pincel e começou a soltar tinta vermelha na minha vida. “Eu amo você com todas as minhas forças. Com toda a minha respiração e meus sonhos. E se Deus permitir, vou te amar além da morte. E eternamente...”

Hae de suupu

Texto: Texto para a Faculdade - Foi pedido uma autobiografia. Nunca faça isso com um maluco.

Eloqüente por natureza, solitária por opção. Vivendo em uma vertigem eterna do que pode ser o mundo, se arrastando por suas ruas um tanto poéticas e tentando achar razão no jornalismo, tentando focar rostos de pessoas. Escrever não por escrever, mas por gostar. Cuja história não quer contar, e as palavras se perdem ao tentar descrever.

Se perdendo em palavras de filósofos, Sartre e Nietzsche, devorando-as, como poetas boêmios, Bocage e Arthur Rimbaud. Lendo vampiros em Anne Rice, e livros sempre livros amigos que não traem. Fazendo da vida seus jogos de RPG, e dando seu amor a desenhos.

Descrevendo e criando, sempre criando não importa como ou onde, nem o porquê. Apenas criando por eternizar algo que é seu, sentimentos e palavras se juntando para dar razão, ou não. Como uma teoria do caos se completando. Eventos separados que dão à eclosão de tudo.

Não fala, apenas pensa, analisa o mundo e a todos, e confia apenas em seu gato. O mundo parece seu tabuleiro distorcido de um jogo com um fim próximo. Um jogo que as peças não se entendem como peças, e que nada faz sentido de verdade.

Sentimentos transformados em palavras publicadas na internet para outras pessoas lerem, em sites literários. Essa é minha criação, parte de mim, onde sou Deus, onde faço o que quero e me divirto fazendo. Nos textos e poemas, nas fotos, por que assim provo que o mundo nada mais é que uma ilusão virtual.

Nada precisa de sentido. Nada precisa existir para ter efeito, criar é como colocar sua vida e alma em algo que não perece. Em papel e tinta. Crio personagens, brinco com as palavras, escrevo por gostar de escrever e não por ter escrito. Sou egoísta a ponto disso. A ponto de escrever para mim apenas, por gostar não me importando se lerem ou não.

Recebo comentários de leitores e os leio com calma, naquilo que mais gosto de fazer, nos meus filhos. E sou educada ao respondê-los. Por quê? Por que se escrevo só para mim? É divertido olhar para todos e ver que a minha mente é um mundo só meu e que ninguém o toca de fato.

Por que escrever uma auto biografia? Refletindo sobre a atividade de se auto-colocar em palavras, e filosofando diretamente. Ou, sim, por que é mais um exercício pensado no qual eu não vejo o menor sentido. Se auto descreve quem quer ser compreendido. Eu quero compreensão? Eu quero ser friamente analisada por uma pessoa e rotulada como toda a sociedade é?

Com palavras simplórias, por ler Harry Potter, Anne Rice, ser viciada em anime e mangá, em filosofia, e claro, misantropa por desejo e por questionamento eterno da humanidade em si e como se comportam diante de certas situações?

Então penso, nem no meu perfil de orkut me descrevo. Não gosto de me classificar por que me surpreendo a cada instante comigo mesma. Quando paro para pensar, que é o que eu mais gosto de fazer, ou observar como certas pessoas agem.

Eu acho que minha auto biografia. Seria sempre confusa como essa. Posso escrever sobre o que conheço, posso criar personagens com personalidade quase real, e posso fazer isso comigo também. Por que não? Fernando Pessoa não fazia isso com suas várias faces?

Então, posso mentir, por que verdades foram feitas para se questionar e mentiras para se divertir. Eu acho que sou uma boa mistura de tudo o que escrevo. Me auto descreveria como, alguém que gosta de ler, criar, jogar, filosofar, poetizar, observar e de não me auto descrever.


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Inside Of Me

| sábado, 13 de setembro de 2008 | 1 comentários |
Dentro de mim... Há uma quarto vazio e escuro, eternamente escuro e impenetrável. Oh, sim... Eu ouvi isso no filme “Os fantasmas se divertem”. Por que obrigatoriamente eu devo ver o mundo colorido?

Bem, vamos ser realistas ao extremo. Por que escrever um texto assim. Não importa. Sentimentos não importam. O que sinto e penso muito menos. São palavras apenas para quem ouvir e ler. Não quero que alguém leia esse texto ou mesmo compreenda. Por que eu não me importo de verdade.

O que eu quero para minha vida? Eu quero algo? Por que eu tenho vivido esse tempo todo? Por que eu tenho que de alguma forma ser importante para alguém? Sabe, tem coisas em mim, dentro de mim que são inevitavelmente podres.

Fantasmas demais em meu guarda roupa. Estou cansada de agradar, estou cansada de ter que me levantar, estou cansada de pessoas me dizendo que vai passar como se a minha dor fosse um botão. Estou realmente de saco cheio de sorrir para todo mundo como uma idiota enquanto a minha vontade mesmo e ser sincera destruindo com sonhos.

Tudo o que eu aprendi é que seres humanos são sujos, hipócritas e idiotas demais. Não é possível eu querer compreensão. Eu acho que esse foi o meu trunfo e ruína, querer ser compreendida. Hoje eu não quero mais. Eu olho para as pessoas e suas atitudes e acho ridículo. Sabe, não tem surpresa, não tem novidade e nada de interessante.

O que eu posso dizer apenas. É que estou aqui... Por que não tem outra opção. Por que não existe nada de novo, não existe nada interessante. É um mundo literalmente cinza.
Gostaria de um pouco de vermelho.


Boa Noite e Boa Sorte

| quinta-feira, 11 de setembro de 2008 | 1 comentários |
Por que do título? Eu acho que os meus títulos estão saindo um tanto quanto subjetivos, e talvez não dê para compreendê-los logo de cara. Eu vi um filme hoje sobre jornalismo na época do medo do comunismo nos EUA. E chama “Boa Noite e Boa Sorte”. Por que era assim que um Jornalista que amava relatar as verdades, não importando as conseqüências, terminava o seu jornal.

Eu acho que para sobreviver ao mundo individualista que estamos vivendo atualmente, tem que se ter sorte. É muito mais do que talentos, por que hoje não existem mais dons. A tecnologia nos dá o dom que podermos pagar e acabou. Não existem coisas novas. Tudo é meramente copiado.

Se antigamente era raro e aplaudido de pé um homem com uma boa voz, ou um dom para escrita, hoje não é tanto. Por que ninguém mais quer pensar. Pensar leva tempo demais, as pessoas querem em suas mãos textos objetivos, e mais do que isso, claro. Hoje em dia para saber o que seria um olhar de Soslaio, temos que recorrer ao dicionário por que ninguém mais olha de soslaio, as pessoas olham de lado e acabou.

Ninguém mais quer perder tempo pensando, ou conhecendo. Elas largam mão do que pode cheirar a algo complicado e que tenha que pensar. Seria esse o tempo da preguiça para pensar? Ou a tecnologia está pensando por nós. Não precisamos fazer nada além de apertar botões.

E agora está surgindo doenças que antes não existiam. Como crise do pânico e alguns casos de isolamento social, que chegam a ser tão freqüentes em lugares do Japão, conhecido como um país de avanço tecnológico, que chegou a ser classificada como uma doença e ter ongs que se especializam em recolocar essas pessoas no convívio social. Agora fica a pergunta... Por que viver socialmente, quando as pessoas são em sua maior parte do tempo falsas. Se podemos viver com computadores e aparelhos eletrônicos? Não seriam eles mais sinceros que o humano e mais... Transparentes?

Lar doce Lar

| quarta-feira, 10 de setembro de 2008 | 0 comentários |
Normalmente as pessoas usam o banheiro para fazer necessidades ou tomar banho. Escovar os dentes e se maquiar, ou qualquer coisa no estilo. O meu banheiro tem uma função diferente.

Ele é o meu cantinho de pensar. Onde tenho a minha ressaca sem fim, onde tenho a verdadeira estafa de um dia todo cheio de coisas acontecendo. É o lugar que eu visito não para dormir, mas para fumar um cigarro enquanto penso na vida.

Aliás, ele serve basicamente para pensar. Às vezes eu consigo ler lá também. Eu sento na tampa da privada e fico lá lendo ou pensando, ou quando quero ficar sozinha para acabar nervosos. Ou até para conversar com amigos que vão a minha casa por que não?

Eu acho que é preconceito tratar o banheiro só como um lugar para o famoso número um e número dois. Eu já estive com 3 pessoas no meu banheiro e foi divertido.

É lá que eu tenho as minhas grandes idéias para o que escrevo, para fotos ou para qualquer coisa... É meu mundinho onde eu não devo satisfações.

Por que as pessoas realmente gostam de ser enganadas, e gostam quando vestimos uma máscara ideológica.

No meu banheiro eu sou quem quero ser. Lá sinto minha solidão, penso em como cheguei onde estou, penso em tudo mesmo. E as vezes até brigo comigo mesma.

Todo mundo deve ter um lugar para si. E o meu é o banheiro do meu quarto. Ele só serve para isso mesmo, já que está sem chuveiro. E precisando reformar. Não tem como usá-lo para outra coisa.

O Melhor amigo do Homem devia ser o gato.

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Vocês já pararam para pensar que o cachorro está longe de ser melhor amigo do Homem? Por que um ditado de tantos anos deveria ser colocado assim à prova? Por que são velhos e merecem ser renovados? Eu diria que o melhor amigo do homem deveria ser o Gato.

Eu tenho um Gato, sendo assim conheço todas as suas atitudes e formas de agir. E também tenho um cachorro e às vezes, comparo o comportamento dos dois em relação às pessoas da casa.

Um cachorro há muitos anos, sabe se lá desde quando. É considerado o melhor amigo do homem. Por quê? Por ser Fiel ao seu dono. Agora seria o homem realmente fiel, e daí vem à similaridade?

São todas reflexões a serem feitas. O cachorro ele de fato é tão fiel ao dono que chega a ser idiota. Um cachorro passa fome com o seu dono, e fica com ele mesmo se for maltratado. Na minha humilde opinião o homem do mundo atual combina mais com o gato.

Vamos compará-los. Homem, cachorro e gato. Sendo Homem usando a maioria.

Se for maltratado no lar: O Homem vai embora. O Cachorro fica... O gato vai embora.

Se não lhe dão comida: O Homem vai embora. O Cachorro fica e morre de fome. O Gato vai embora.

Nas necessidades fisiológicas: O homem deixa num lugar que ele não pode ver, mas os outros podem. O Cachorro deixa onde todos vêem inclusive eles, e às vezes comem. O Gato enterra para esconder.

Em relação a fingir sentimentos quando presenteados: O Homem finge bem quando não gosta. O Cachorro passa a gostar seja lá o que for. E o gato ignora o que ele não gosta.

Personalidade: O Homem na maioria das vezes é sociável. O Cachorro depende da ocasião. O Gato também, se há interesse ele é sociável caso contrário é indiferente.

O fato é que o cachorro é apenas um ser que faz tudo pelo seu dono, como os humanos os gatos só fazem o que estão com vontade. São independentes tanto quanto os humanos. Eles sabem se cuidar quando precisam. Se estiverem com fome pedem comida, diferente do cachorro que morre de fome. Além de serem extremamente limpos. Meu gato, por exemplo, se lambe toda vez que alguém encosta-se a ele com um cheiro diferente.

Logo essa semelhança do gato com o ser humano em relação à independência é maior do que a do cachorro. Ou seja. Não estaria na hora de revermos alguns ditados?